(Histórico)
Segundo
afirma o Visconde de Sanches de Baena, genealogista português, em sua
obra "Archivo Heráldico-Genealógico", a família
Mattos tomou o sobrenome da Quinta do Matto, na freguesia de São Cibram,
da Comarca de Lamego.
A referida quinta foi fundação de
Dom Paio Viegas, cujo filho, Dom Hermígio Paes de Mattos, foi o primeiro
que assim se apelidou.
Fizeram jus a brasão de armas em Portugal,
devidamente registrado no Livro da Torre do Tombo, a folha 23.
Família
das mais antigas de Portugal, pois descende dos Reis de Leão, por D.
Hermigo Alboazar, senhor do castelo de Távora, e de sua mulher, D. Dórdia
Osores,
de quem foi filho D. Egas Hermigues. Este D. Egas, bisneto por varonia de D.
Ramiro II de Leão, casou com D. Gontinha Eriz, filha de D. Ero, conde
de Lugo e um dos maiores senhores do seu tempo. Pelo seu grande valor foi D.
Egas Hermigues chmado de o Bravo.
Fundou o mosteiro do Freixo, com sua mulher, de
que teve D. Paio Viegas, herdado do conselho de Argos, comarca de Lamego, onde
fêz a quinta de Matos, na qual viveu. Do seu matrimônio nasceu D.
Hermigo Pais de Mattos, sucessor da casa paterna e primeiro do apelido, que
tomou da quinta cujo senhorio tinha. Foi, também, senhor das quintas
do Amaral e de Cardoso e muito devoto do mosteiro de Santa Cruz, de Coimbra,
pelo que os cónegosregrantes de Santo Agostinho lhe deram carta de seu
familiar, a fim de poder lograr as indulgências concedidas pelos Papas
aos familiares da ordem. No livro dos óbitos do mesmo mosteiro, chamnado-se-lhe
<<familiaris Sanctae Crucis>> se refere a sua morte, ocorrida em
as nonas de Novembro.
Teve do seu casamento vários filhos, dois
dos quais foram, respectivamente progenitores dos Amarais e dos Cardosos, por
lhes terem cabido os senhorios das quintas do Amaral e de Cardoso, de que tomaram
seus apelidos.
O filho mais velho, Paio Hermigues de Mattos, sucedeu
no senhorio da quinta de Mattos e no da de Rousais, viveu em tempo de D. Sancho
II e D. Afonso III, foi senhor do casal de Neomais, trazendo as referidas quintas
por honra, como se vê das Inquirições, em que se lhe chama
miles, e tinha muitas herdades, compradas aMartim Anes, João Moniz,
João Gonçalves e Pedro Feio, situada em Ruivães, termo
de Vila Boa, e na Vila de Santa Maria. Do seu Matrimônio houve geração
que propagou o apelido Mattos.
Manoel de Souza da Silva, deixou, em louvor desta
família, os seguintes versos..
O lugar de Mattos tem,
de Aregos no Julgado
o solar assinalado
de Mattos, e dele vem
todo o seu grêmio honrado.
As armas usadas pelos deste apelido são.:
De vermelho, com um pinheiro de verde, arrancado de prata, sustido por dois
leões de ouro, armados e lampassados de azul, afrontados. Timbre.: um
leão sainte, de ouro, armado e lampassado de azul, tendo um ramo de pinheiro
de verde na mão.
Mattos,
sobrenome de raízes toponímicas, foi tirado de uma quinta com
tal designação sita na comarca de Lamego. Dizem os genealogistas
que esta estirpe provém de Dom Egas Hermiges, bisneto por varonia de
Dom Ramiro II, Rei de Leão. Pela sua grande valentia, teve aquele Dom
Egas a alcunha de o Bravo. Fundou o Convento do Freixo e fez a quinta a que
acima se fez referência. Foi seu filho e herdeiro Dom Hermígio
Pais de Matos, por quem se seguiu a linhagem. Por documentos, contudo, apenas
podemos remontar a um cavaleiro que se chamou Paio Hermigues de Matos, contemporâneo
dos reis Dom Sancho II e D. Afonso III, que era senhor daquela quinta e trazia
outras por honras, como se verifica pelas Inquirições. Na sua
descendência se continuou o uso daquele apelido.
De origem toponímica, tomado da propriedade da família. De mato,
substantivo comum - terreno inculto em que crescem plantas agrestes; conjunto
de pequenas plantas agrestes; o campo, por oposição à cidade;
a roça (Antenor Nascentes, II, 195; Silveira Bueno, Dic. Escolar, 834).
Esta família tomou o sobrenome da quinta do Mato, na freguesia de São
Cibram, comarca de Lamego, fundação de D. Paio Viegas, cujo filho
D. Hermigio Paes de Matos, foi o 1.º que assim se apelidou. No século
XI, na fundação do reino português, já se encontravam
alí (Anuário Genealógico Latino, I, 63). Brasil: No Rio
de Janeiro, entre as mais antigas, a do Capitão Álvaro de Matos,
vereador [1645], que deixou numerosa descendência, do seu cas., c.1625,
com Maria Filgueira [c.1603, RJ -1698, RJ], filha de Antônio Martins Palma
e de Leonor Gonçalves, casal, que em cumprimento de uma promessa edificou
a igreja de N. S. da Candelária, no centro da Cidade do Rio de Janeiro.
Seus descendentes foram proprietários da fazenda de São Clemente,
hoje o Bairro de Botafogo (Rheingantz, II, 567). Ainda, no Rio de Janeiro, os
Matos de Castilho (séc. XVII). Rheingantz registra mais 17 famílias
com este sobrenome, nos sécs. XVI e XVII, que deixaram numerosa descendência
no Rio de Janeiro. Ainda, no Rio de Janeiro, originária de Portugal,
a família de Custódio Manuel de Mattos [c.1779, Bartolomeu da
Esperança, arceb. de Braga - a.1842, Rio de Janeiro, RJ], filho de Gregório
Mattos e de Josefa da Silva, ambos naturais de Braga. Deixou numerosa descendência
do seu cas. com Ana Miquelina da Luz [1790, S. Pedro da Miragaia, Porto - Rio
de Janeiro, RJ], filha de Manuel André da Luz e de Custódia André,
ambos de S. André de Cabedelo, no Porto. Vieram para o Brasil em 1809
em virtude da invasão francesa. No Rio estabeleceram-se numa fazenda
à atual rua das Laranjeiras, conhecida pelo nome Areal. Foram pais, entre
outros, de Margarida Amália de Mattos [30.04.1819, Rio de Janeiro, RJ
- 17.04.1912, Petrópolis, RJ], que deixou geração do seu
cas., a 22.06.1842, Rio de Janeiro, com Constantino José Alvares Pinheiro
[Braga, Portugal - 20.04.1888, Rio de Janeiro, RJ], filho de Anacleto José
Alvares Pinheiro e Custódia Maria Rodrigues. Deixaram uma prole de 14
filhos, entre eles, Margarida Pinheiro [25.05.1842, Rio de Janeiro, RJ - 26.04.1926,
idem], que do seu cas., a 16.09.1865, com Guilherme de Castro [26.04.1839, Ilha
Terceira - 12.08.1890, Rio de Janeiro, RJ], nasceu Margarida de Castro [24.07.1866,
Rio de Janeiro, RJ - 25.04.1938, idem], que por seu cas., a 24.07.1884, na importante
família Vidal Leite Ribeiro (v.s.), de Minas Gerais, tornou-se, em 1887,
a baronesa de Santa Margarida. Para o Estado do Pará, entre outras, cabe
registrar a família de Lourenço de Matos, proprietário
de uma sesmaria no rio Ubituba [concedida a 08.08.1725]. Deixou importante descendência,
entre ela: I - o filho, Sargento-Mor Manuel Lorenço de Matos [c.1727
-], que deixou geração do seu cas. com Maria Leonarda Moreira;
II - o neto, Major Severiano Eusébio de Matos [c.1756 -], de quem descendem
os Wilkens de Matos, por seu cas. com Teresa Joana Wilkens, filha do engenheiro
tenente Henrique João Wilkens; III - o bisneto, Raimundo Severiano de
Matos, cônego arcediago da Sé do Pará, por Decreto Imperial
de 15.03.1854. 8.º Chantre da Cetdral de Belém [07.12.1838]; IV
- o bisneto, Coronel Manuel Lourenço de Matos, que segue na linha natural;
V - o bisneto, João Henrique de Matos [07.04.1784, Barcelos, Comarca
do Rio Negro, AM - 08.08.1857, Rio Curuí, AM], vereador 1a Câmara
Municipal de Belém, PA [1845-48]. Sentou Praça voluntariamente
como Cadete, servindo na Guarnição da Fortaleza de Macapá.
Membro do Governo Provisório do Pará [1823], quando Capitão
de Artilharia. Tenente-coronel reformado do 5.º Batalhão de Artilharia
de Posição de 1.ª Linha [1838]. Comendador da Ordem de São
Bento de Aviz. Cavaleiro da Ordem de Cristo. Com geração; VI -
o terceiro neto, João Wilkens de Matos [1822-1889], barão de Maruiá
- que segue adiante, na linha natural; VII - Tenente Manuel Raymundo de Matos,
nomeado para o corpo de Infantaria do Estado do Pará [16.07.1891]; VIII
- Sebastião Severiano de Matos, nomeado Secretário da Capitania
dp Porto do Estado do Pará [20.08.1891]. Importante família de
Taubaté, São Paulo, com ramificações no Rio de Janeiro.
Procede de Antônio José de Matos, nat. de Braga. Negociante. Morou
em Taubaté e em Itú. Deixou geração de seu cas.,
c.1790, em Guaratinguetá, com Quitéria Moreira da Costa, de Taubaté.
Antiga família da Bahia, procedente do Desemb. Fernando de Mattos e de
Maria Fernandes, naturais de Viana. Entre outros, tiveram os seguintes filhos:
Inácio de Mattos, nat. de Viana, que passou para Bahia, onde cas., c.1675,
com Helena Fernandes, nat. da Bahia, filha de Antônio Fernandes Aicochete
e de Maria Alvarez; e Úrsula de Matos, que foi cas. com Manuel Pinto
de Carvalho. Deste último casal, foi filho, o Capitão Inácio
de Matos Pinto de Carvalho, Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo e Fidalgo
da Casa Real [1755], com geração na Bahia. No Acre, cabe registrar
o cap. José de Matos, listado entre os primeiros povoadores nas margens
do rio Acre, por volta de 1878. Era sobrinho do povoador Carvalho e Melo (v.s.)
(Castelo Branco, Acreania, 183). Sobrenome de uma família de origem portuguesa,
estabelecida em São Paulo, onde chegou Manuel Pereira de Matos, natural
de Portugal, falecido em Guaratinguetá, SP, onde teve casa comercial.
Filho de Serafim Pereira Gonçalves e de Catarina de Souza. Deixou geração
do seu cas., a 17.03.1884, com Maria Benedita Marcondes Guimarães, filha
de Francisco Marcondes Guimarães, citado no verbete da família
Marcondes Guimarães (v.s.), de São Paulo. Com geração,
por onde corre o sobrenome Matos, citada em Os Galvão de França,
Carlos Eugênio Marcondes de Moura, I, 200. Sobrenome de uma antiga família
de origem portuguesa, estabelecida na Bahia, onde chegou Inácio de Matos,
natural de Viana, filho do desembargador Fernandes de Matos e de Maria Fernandes,
ambos de Viana. Com geração do seu cas. com Helena Fernandes,
natural da Bahia, filha de Antônio Fernandes Alchochete e de Maria Alvares,
moradores na freguesia da Sé, Salvador, BA. Entre os descendentes do
casal, registram-se: I - o filho, Dr. Manuel de Matos, natural da Bahia. Matriculado
a 07.12.1695, na Universidade de Coimbra. Bacharel [04.06.1700]. Formatura [21.05.1701].
Licenciado [20.07.1701]. Grau de Doutor [21.08.1701]. Leitura de Bacharel [1702].
Deputado da Inquisição de Lisboa de que tomou juramento a 16.02.1718.
Deputado da Inquisição de Coimbra em 03.1718; II - a filha, Úrsula
de Matos, nascida por volta de 1680, de quem descendem os Pinto de Carvalho
(v.s.), da Bahia, e avó do bacharel Manuel de Matos Pinto de Carvalho.
Sobrenome de uma família de origem portuguesa, estabelecida no Rio de
Janeiro, onde chegou João Batista de Matos, nasc. em Lisboa por volta
de 1641 e fal. no Rio (Candelária) a 01.08.1717, filho do capitão
Francisco Luís Lobo e de Catarina de Sene. Com geração
do seu cas. por volta de 1671 com Micaela Pedrosa, nasc. no Rio (Sé 3º,
111) bat. a 18.5.1653, fal. antes de 1723, neta de Luis Barbalho Bezerra, membro
da antiga e tradicional família Barbalho Bezerra (v.s.), de Pernambuco
[Carlos Rheingantz - Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, Tomo I]. Sobrenome
de uma família de origem portuguesa, estabelecida no Rio de Janeiro,
no século XVII, onde chegou Luísa de Matos, nasc. em Portugal
e fal. no Rio (Candelária 3º, 118) a 07.05.1709. Com geração
do seu cas. com Antônio Antunes, nasc. por volta de 1620, fal. antes de
1681. Entre os descendentes do casal, registram-se: I - o filho, o licenciado
José Antunes de Matos, nascido em Lisboa, e falecido a 29.11.1742, no
Rio de Janeiro; II -.a filha, soror Maria do Nascimento, nasc. por volta de
1653, religiosa professa no mosteiro de Vila Longa, em Portugal.[Carlos Rheingantz
- Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, Tomo I]. Sobrenome de uma família
de origem portuguesa, estabelecida no Rio de Janeiro, no século XVII,
onde chegou Francisco Álvares de Matos, nasc. por volta de 1626 (em Portugal?)
e fal. no Rio (Candelária 2º, 104) a 08.05.1693, casado em primeiras
núpcias por volta de 1656 com Isabel Esteves, nasc. por volta de 1636
e fal. no Rio (Candelária 2º, 18) a 13.04.1674. Casado, em segundas
núpcias, por volta de 1676, com Antonia Coutinho, nascida no Rio de Janeiro
[bat. 22.02.1643], onde faleceu a 27.07.1709, filha de Pantaleão Duarte
Velho e de Maria Coutinho. Com geração, nos dois casamentos. Pais,
entre outros, do primeiro matrimônio, do licenciado padre José
Alvares de Matos, nasc. no Rio de Janeiro [bat. 02.08.1657]:[Carlos Rheingantz
- Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, Tomo I]. Sobrenome de uma família
originária das ilhas portuguesas, estabelecida no Rio Grande do Sul,
onde chegou Antonio José de Matos, natural e batizado na freguesia de
Nossa Senhora da Conceição da Ilha do Faial. Filho de Francisco
da Costa Matos e de Rosa Maria, naturais da Ilha do Faial. Com geração
do seu cas., por volta de 1784, com Catarina Antonia da Encarnação,
natural do Rio Grande, filha de Manuel Gonçalves Mancebo, patriarca desta
família Gonçalves (v.s.), do Rio Grande do Sul. Foram pais de
Emerenciana Antonia da Encarnação [05.10.1787, Rio Pardo, RS -],
que deixou geração do seu cas. com Fortunato Luiz Barreto [bat.
07.03.1777, Rio Pardo, RS -], neto Manoel de Oliveira Luiz, patriarca da família
Queiroz e Vasconcelos (v.s.), do Rio Grande do Sul. Destaque: Cleofe Person
de Matos [1918, (Rio de Janeiro, RJ -], musicóloga e regente coral. Fundadora
e diretora da Associação do Canto Coral, do Rio de Janeiro, que
deu concertos memoráveis, inclusive na catedral de Chartres (França).
Presidente da Sociedade Brasileira de Musicologia e membro da Academia Brasileira
de Música (1983). Autora do Catálogo temático das obras
do padre José Maurício (1970). Maior autoridade no Padre-mestre,
do qual tem importante biografia por imprimir-se [Enciclopédia Delta-Koogan].
Linha Africana: No Rio de Janeiro, entre outras, registra-se a de João
de Matos, que deixou geração, em 1656, com Violante, «negra»,
escrava de Antônio da Silva Ferreira (Rheingantz, II, 571). Linha Natural:
Coronel Manuel Lourenço de Matos, bisneto daquele patriarca paraense
- citado acima [item IV]. Alferes do 3.º Regimento de Infantaria de Linha
da Cidade de Belém [doc. 1820]. Coronel de Milícias da Ilha Grande
de oanes [Ilha de Marajó]. Deixou importante descendência, de seua
união com Teresa Romana das Chagas, com quem não foi casado. Entre
os descendentes desta união, registram-se: I - o filho, o engenheiro
civil, João Wilkens de Matos [08.03.1822, Belém, PA - 03.05.1889,
RJ], fez seus estudos de matemática e engenharia civil, nos EUA. Lente
do Lyceu Paraense. Diretor da Instrução Pública, do Pará.
Secretário da Prov. do Amazonas. Diretor Geral das Obras Públicas,
no Amazonas. Deputado Provincial e Geral, em duas legislaturas, pelo Amazonas:
9.ª [1853] e 15.ª [1872]. Presidente das Províncias do Amazonas
[26.11.1868 - 08.04.1870] e do Ceará [12.01.1872 - 30.10.1872]. Cônsul
do Brasil na Guiana Francesa e depois no Peru [1857-1868]. Chefe da Seção
da Secretaria de Agricultura e Diretor dos Correios. Coronel reformado da Guarda
nacional. Presidente da Sociedade Auxiliadora das Indústrias Nacional.
Presidente da Imperial Sociedade dos Amantes da Instrução. Comendador
das Ordens da Rosa e de Cristo, de Portugal. Cavaleiro da Ordem de Cristo, do
Brasil. Foi agraciado (dec. 30.03.1889) com o título de barão
de Maruiá. Foi cas. com sua prima Joana Wilkens de Matos, filha de João
Henrique de Matos - citado acima (item V).
Linha de Degredo: Registra-se, no Auto-de-fé celebrado no Terreiro do
Paço de Lisboa, a 04.04.1666, a condenação de três
(3) anos de degredo para o Brasil, de Garcia de Matos, «cristã-nova»,
natural de Campo Maior e moradora em Lisboa. Esposa de Manuel Lopes Moscatel,
contratador.
Cristãos Novos: Sobrenome também adotado por judeus, desde o batismo
forçado à religião Cristã, a partir de 1497. Sobrenome
de uma família de origem judaicaestabelecida, no Brasil, durante o período
holandês [Pernambuco], à qual pertence Izaque Rodrigues de Matos,
documentado no ano de 1648 [signatário do estatuto da Congregação
Tsur Israel, no Recife] (Wolff, Brasil Holandês, 56) (Wolff, Dic.I, 113).
Nobreza Titular: I - Firmo José de Matos [01.06.1825, PE - 28.04.1895,
a bordo do paquete Ladário, em viagem para Corumbá, onde residia].
Desemb. e Deputado. Foi agraciado, por Dec. de 24.08.1889, com o título
de barão de Casalvasco; II - engenheiro civil, João Wilkens de
Matos [1822-1889], barão de Maruiá - citado acima, ramo do Par.
Foi cas. com sua prima Joana Wilkens de Matos, filha de João Henrique
de Matos - citado acima (item VI), e no texto referente a Linha Natural (item
I).
Heráldica: um escudo em campo vermelho, com um pinheiro d everde arrancado
de prata, sustido por dois leões de ouro, armados de azul, afrontados.
Timbre: um leão sainte, de ouro, tendo um ramo de pinheiro de verde na
mão direita (Armando de Mattos - Brasonário de Portugal, II, 24).
Armas
De vermelho, um pinheiro de verde, arrancado de prata, sustido por dois leões de ouro, armados e lampassados de azul, afrontados. Timbre: um leão de ouro sainte, armado e lampassado de azul, tendo um ramo de pinheiro verde na garra da pata direita.
Títulos de Nobreza em Portugal
•
Barões de Manique do Intendente
• Condes da Ega
• Condes de Armamar
• Condes de Bracial
• Condes de Cunha Matos
• Condes de Mendia
• Condes de Penela
• Marqueses de Mendia
• Senhores do Morgado de Velude
• Viscondes de Cunha Matos
• Viscondes de Manique do Intendente
• Viscondes de Nossa Senhora do Porto de Ave
• Viscondes de Santiago de Cacém
Cargos e Profissões no Reino de Portugal
•
Cavaleiros da Ordem de Cristo
• Deputados
• Diplomatas
• Escritores
• Professores
Cavaleiros da Ordem de Cristo
Dom Raimundo de Mendia
y Cunha Matos, 1º conde de Cunha Matos
* Brasil, Rio de Janeiro 21.3.1849 + Lisboa 15.10.1910
Pai: Dom José Mateus
de Mendia y Elorza * nascido em 1820
Mãe: Maria Eugénia da Cunha Matos * nascida em 1820
Casamento : Paris, Igreja de São Francisco de Sales 15.11.1882
Com: Dona Eugénia Francisca Margarida de Rivero y Pacheco * nascida em
22.11.1852
Filhos do Casamento :
• Dona Maria Eugénia Rivero de Mendia * 6.8.1883, casou-se com
Dom Joaquim Maria Henriques Pereira de Faria Saldanha e Lancastre
Raimundo José da
Cunha Matos
* Faro 1776 + Brasil, Rio de Janeiro 1839
Pai: Alexandre Manuel da Cunha Matos * nascido em 1750
Mãe: Isabel Teodora Cecília de Oliveira Fontes * nascida em 1750
Casamento
Com: Maria Venância de Fontes Pereira de Melo * nascida em 1805
Filhos do Casamento I:
• Maria Eugénia da Cunha Matos * nascida em 1820 casou-se com Dom
José Mateus de Mendia y Elorza
• Grácia Ermelinda de Fontes Pereira de Mello da Cunha Mattos
• Libânio Augusto de Fontes Pereira de Mello da Cunha Mattos * casou-se
com Maria José Lima Fonseca Gutierrez
Deputados
José Maria Braamcamp
Freire de Matos
* Évora 14.9.1868 + Lisboa 10.4.1953
Pai: José Maria de Sousa Matos nascido em 24.12.1827
Mãe: Maria Inácia Braamcamp Freire da Rocha nascida em 28.8.1836
Casamento Évora
21.11.1898
Com: Maria do Anjo Barahona Fragoso e Mira *nascida em 12.2.1877
Filhos do Casamento :
• Maria de Lourdes Barahona de Matos Braamcamp * nascida em1.10.1899 casou-se
com Manuel da Fonseca Figueiredo
José Maria Braamcamp
também foi:
• Egenheiro (Universidade de Gand, Bélgica)
• Deputado
• Diplomata
• Escritor
Características da Região de Origem
Os MATTOS são oriundos da região da Beira, que se localiza na região de Montanhas de Portugal.
Viseu é a capital do Distrito da Beira. Pensa-se que a fundação de Viseu data de 500 AC, no entanto , 1400 anos antes, crê-se na existência de uma povoação pré-histórica muito importante. Viriato chefe dos Lusitanos na luta contra os Romanos que invadiram a península Ibérica, tinha em Viseu a sua fortificação mais importante , a célebre Cava Viriato, que era um campo entreicheirado e de defesa. El-Rei Dom Duarte, nasceu em Viseu e seu irmão, o infante Dom Henrique, foi seu primeiro Duque. Viseu costuma ser designada por “ Antiqua et Nobilissima Cidade” ou por “ Cidade Jardim”, pela quantidade e beleza dos seus jardins e parques.
Outra cidade
importante é Guarda, e não tem esse nome pôr acaso, pois
é a cidade portuguesa situada na maior altitude, cerca de 1.040 metros
ao nível do mar, na vertente da Serra Estrela, que é a mais alta
de Portugal, por volta de 2.000 metros de altitude. A Guarda foi fundada pelos
Romanos no século II AD, que a denominaram “ Laucia Oppidana “.
Foi Dom Sancho I , segundo rei de Portugal quem lhe deu foral em 1.199, alargou
e fortificou a cidade, tornando-se um importante centro estratégico de
defesa das fronteiras portuguesas.
Lamego: esta cidade que data dos tempos dos Romanos, é dominada por duas
elevações, onde se situam, respectivamente às ruínas
dum Castelo do século XII e o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios
do século XIII. Foi nesta cidade que se reuniu pela primeira vez, a assembléia
representativa do Clero, da Nobreza e o do Povo, que reconheceram nesta ocasião
Dom Afonso Henriques como 1º Rei de Portugal.
Matos Costa, família originária de Portugal estabelecida no Rio de Janeiro, para onde passou Joaquim de Matos Costa [1789, Braga - 1850, RJ], filho do Dr. Manuel José de Matos dos Santos Carvalho e de Emerenciana da Costa Leal. Deixou numerosa descendência do seu casamento em 1823, com Emiliana Cândida Faro [1796, RJ - 1844, RJ], filha do barão do Rio Bonito, Joaquim José Pereira de Faro, patriarca desta família Faro (v.s.), do Rio de Janeiro. Foram pais, entre outros, de: I - Isabel Augusta de Matos Costa [1837, Rio, RJ - 19.01.1886, idem], que, por seu casamento, tornou-se a matriarca da família Aguinaga (v.s.), do Rio de Janeiro; e II - Emerenciana Cândida de Matos Costa, que, por seu casamento, tornou-se a matriarca da família Lizarralde (v.s.), do Rio de Janeiro.
Matos Guerra, importante família de origem portuguesa, estabelecida na
Bahia, procedente de Pero Gonçalves de Matos, natural da vila de Guimarães,
Braga, que deixou geração do seu cas., por volta de 1605, com
Margarida Alves, natural da Vila de Guimarães, Braga. Entre os descendentes
do casal, registram-se: I - o filho, Gregório de Matos, natural da vila
de Guimarães, Braga, que deixou de seu cas., c. 1630, com Maria da Guerra,
filha de Tomé Fernandes da Costa e de Maria da Guerra; II - o neto, o
famoso poeta Gregório de Matos Guerra (07.04.1633, Salvador, BA - 1696,
Recife, PE), dito apenas Gregório de Matos. Poeta brasileiro da fase
barroca. Celebrizou-se como poeta satírico dos mais irreverentes, o que
lhe valeu a alcunha de “Boca do Inferno”. Sua obra depara problemas
de atribuição autoral e de fixação de texto. Patrono
da cadeira n.º 16 da Academia Brasileira de Letras [Enciclopédia
Delta-Koogan]. Matriculado na Universidade de Coimbra [12.09.1652]; em Cânones
[08.10.1653]. Bacharel em Direito [12.07.1660]. Formatura [24.03.1661]. Leitura
de Bacharel [1662]. Exerceu a advocacia em Lisboa. Juiz do cível em Lisboa
[1671]. Veio para o Brasil, onde, apenas com ordens menores, foi tesoureiro-mor
da catedral e vigário-geral. Não querendo tomar ordens sacras,
contraiu matrimônio e dedicou-se à advocacia; III - a neta, Felipa
de Matos, irmã do anterior, natural da Bahia, que deixou geração
do seu cas. com o capitão Domingos Dias de Matos, natural de Valongo,
Portugal - chefes desta família Dias de Matos (v.s.), da Bahia. Natural
da vila de Guimarães, Braga.
Matos Vieira, importante família estabelecida no Rio de Janeiro, à qual pertence Domingos de Matos Vieira, que deixou importante descendência de seus dois casamentos: o 1.º cas., c.1817, com uma integrante da família Leitão da Cunha (v.s.), do Pará; e o 2.º cas., c.1832, com Emília Carlota Darrigue, da importante família Darrigue (v.s.), do Rio de Janeiro. Entre os descendentes do casal, registra-se: I - o filho, Joaquim de Matos Vieira [12.11.1836, Rio, RJ - 28.03.1908, Lisboa], seus restos mortais foram transladados para o cemitério Père Lachaise em Paris. Foi agraciado com o título [Dec. 06.04.1889] de barão de Matos Vieira. Deixou geração de seu cas., em 04.01.1873, no Rio, com Ana Elisa de Oliveira Martins [1839, RJ - 1912, Paris], filha de Francisco de Oliveira Martins, patriarca desta família Oliveira Martins (v.s.), do Rio de Janeiro; II - a neta, Ana Guilhermina de Matos Vieira [17.06.1878, Rio, RJ - 09.01.1943, idem], matriarca da família Canet (v.s.), do Rio de Janeiro.
Mattos, sobrenome de uma família de origem portuguesa, estabelecida em
São Paulo, procedente de Lisboa. Chegou ao Brasil a 15.06.1885, a bordo
do vapor Savoie, João Godinho de Mattos, natural de Portugal, 24 anos
de idade, com destino à capital do estado de São Paulo [Hospedaria
dos Imigrantes - São Paulo, Livro 002, pág. 232 - 15.06.1885].
Sobrenome de uma família de origem portuguesa, estabelecida em São
Paulo, procedente dos Açores, 06.03.1885, a bordo do vapor Leipzig, Duarte
de Mattos, natural de Portugal, 37 anos de idade, com destino a Leme, SP. Trouxe
em sua companhia a esposa, Jacintha Mattos, natural de Portugal, 35 anos de
idade, e os seguintes filhos: I - Manoel, natural de Portugal, 13 anos de idade;
II - Maria, natural de Portugal, 11 anos de idade; III - Marianno, natural de
Portugal, 10 anos de idade; IV - Antonio, natural de Portugal, 8 anos de idade;
V - José, natural de Portugal, 4 anos de idade [Hospedaria dos Imigrantes
- São Paulo, Livro 002, pág. 140 - 06.03.1885]. Sobrenome de uma
família de origem portuguesa, estabelecida no Brasil, onde chegou em
03.03.1883, a bordo do vapor Viela, Belarmino Mattos, natural de Portugal, procedente
de Lisboa, católico, 20 anos de idade, com destino à capital do
estado de São Paulo [Hospedaria dos Imigrantes - São Paulo, Livro
001, pág. 098 - 03.03.1883]. Sobrenome de uma família de origem
portuguesa, estabelecida no Brasil, onde chegou em 10.03.1883, Domingos de Mattos,
natural de Portugal, procedente de Lisboa, católico, 29 anos de idade,
com destino à capital do estado de São Paulo [Hospedaria dos Imigrantes
- São Paulo, Livro 001, pág. 100 - 10.03.1883]. Sobrenome de uma
família de origem portuguesa, estabelecida no Brasil, onde chegou em
10.03.1883, Sebastião de Mattos, natural de Portugal, procedente de Lisboa,
católico, 17 anos de idade, com destino à capital do estado de
São Paulo [Hospedaria dos Imigrantes - São Paulo, Livro 001, pág.
100 - 10.03.1883]. Sobrenome de uma família de origem portuguesa, estabelecida
no Brasil, onde chegou em 01.11.1883, a bordo do vapor Rio Plata, Jeronimo Mattos,
natural de Portugal, procedente de Lisboa, 37 anos de idade, com destino a Campinas,
SP [Hospedaria dos Imigrantes - São Paulo, Livro 001, pág. 168
- 11.01.1883]. Sobrenome de uma família de origem portuguesa, estabelecida
no Brasil, onde chegou em 31.01.1884, Antonio de Mattos, natural de Portugal,
procedente de Lisboa, 29 anos de idade, com destino a Ressaca, SP [Hospedaria
dos Imigrantes - São Paulo, Livro 002, pág. 006 - 31.01.1884].
Sobrenome de uma família de origem portuguesa, estabelecida no Brasil,
onde chegou em 20.02.1884, Antonio de Mattos, natural de Portugal, procedente
de Lisboa, 30 anos de idade, com destino à capital do estado de São
Paulo [Hospedaria dos Imigrantes - São Paulo, Livro 002, pág.
010 - 20.02.1884]. Sobrenome de uma família de origem portuguesa, estabelecida
no Brasil, onde chegou em 19.04.1884, José Gomes Mattos, natural de Portugal,
procedente de Lisboa, 24 anos de idade, com destino a Santa Bárbara,
SP [Hospedaria dos Imigrantes - São Paulo, Livro 002, pág. 042
- 19.04.1884]. Sobrenome de uma família de origem portuguesa, estabelecida
no Brasil, onde chegou em 19.05.1884, Luis de Mattos, natural de Portugal, procedente
de Lisboa, 29 anos de idade, com destino a Santos, SP [Hospedaria dos Imigrantes
- São Paulo, Livro 002, pág. 050 - 19.05.1884]. Sobrenome de uma
família de origem portuguesa, estabelecida no Brasil, onde chegou em
17.08.1884, João de Mattos, natural de Portugal, procedente de Lisboa,
32 anos de idade, com destino a Caldas, SP [Hospedaria dos Imigrantes - São
Paulo, Livro 002, pág. 088 - 17.08.1884].